ABORTO, MAPA DA VIOLÊNCIA E A CULTURA DE MORTE
Depois de assistir mulheres gritando e chorando de alegria pelas
ruas da Irlanda a cena se repetiu na Argentina. Com uma comemoração digna de
final de Copa do Mundo mulheres comemoram o direto de matar um ser humano. Não
entro na questão de um feto de 14 semanas não sentir, dor, ser um amontoado de células
ou o uso de qualquer outra justificativa para esse ato hediondo. A verdade é
que esse feto só pode se tornar um ser humano, portanto é uma vida e vidas tem
valor.
Quando justifico o aborto para preservar de alguma forma a vida de uma
mulher saudável que concebeu de forma natural e na maioria das vezes com sexo
consensual, estou dizendo que a vida
dessa mulher vale mais do que a vida do ser humano que está em seu ventre, dessa maneira nem todas as vidas valem, nem todas as vidas importam.
Também tivemos acesso ao mapa da violência no Brasil já ultrapassamos
os 62 mil assassinatos desses 7,8% são latrocínio, isto é, roubo seguido de morte e
6,3% intervenção policial.
Qual a relação entre a violência e o aborto? A cultura de morte. Esse conjunto de padrões de comportamento, crenças e costumes
tem regido a sociedade. A violência é incentivada pela impunidade que reina em
todas as esferas da sociedade brasileira, 99% dos homicídios não são se quer investigados,
uma pessoa pode ser assassinado por um motivo banal. A polícia mata na
mesma proporção que morre.
Portanto usamos a
mesma lógica do aborto: a vida da mulher vale mais do que a da criança, o bem
seja, o celular, o carro, uma bicicleta, etc., vale mais do que a pessoa que o
possui. Bandido bom é bandido morto, é policial tem que morrer, só por que é
policial. Esse argumento pode parecer um grande absurdo (ou burrice como já
falaram), mas não é. A banalização, a desvalorização da vida e a relativização
dos valores apontam para um grave comportamento pós-moderno: a destruição, não
desconstrução, mas sim a destruição da Imagem de Deus revelada no homem.
Em Gênesis 1:26-27 está escrito “E disse
Deus: Façamos o homem à nossa imagem [...] E criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”
A vida humana expressa a imagem de Deus, a vida é
preciosa, é única e insubstituível, a única restituição pela vida perdida e a
vida do outro. No Antigo Testamento nos textos Gênesis 9:6; Êxodo 21:12 Levítico 24:17;
Número 35:16 a ordem é clara e objetiva “Quem
ferir um homem e o matar terá que ser executado.”
No
Novo Testamento a restituição vida por vida continua na pessoa de Jesus Cristo
o Deus encarnado revelando a imagem perfeita de Deus, justificando o homem
caído por meio da sua vida, do seu sangue, o Justo padecendo por pecadores. O assassino peca contra a imagem de Deus
revelada no próximo, no Filho Santo, e também, contra o ato salvífico de Jesus na
cruz do Calvário.
Diante
do aumento da violência e da alegria em matar bebês no ventre é impossível à
comparação com os dias de Noé “... a terra
estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência.” Gn 6:11.
A solução para tamanha desgraça é a pregação fiel do Santo Evangelho,
sempre foi e sempre será.
Por Fernanda Cruz
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