A MASCULINIDADE DE PAIS E MARIDOS
Hoje pela manhã estava indo para o
trabalho e vi vários homens levando seus filhos para a escola, outros para as
creches e pensei como o papel do homem da pós modernidade tem sofrido mudanças,
algumas extremamente positivas e outras nem tanto.
Mas existe uma mudança que não é
evidenciada muitas vezes, que é a invisibilidade do homem dentro da família ou
ainda sua nulidade. Precisamos falar sobre isso, afinal maio mês da família é
uma oportunidade para darmos atenção a todos os membros.
Chegou a vez do homem PAI e MARIDO!
Vejamos o início do que Deus pensou para o homem,
Gênesis 1.26-28 que diz: “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre
todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes
disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja
pela terra. ”
Nesta citação bíblica, os verbos sujeitar e dominar, apresentam uma
postura ativa, mas podemos observar que Deus delimitou a área de sujeição e
domínio. O outro ser não está nesta área e não faz parte desse exercício de
poder, por uma simples razão somos iguais.
Ao pensarmos no campo relacional do
homem dentro da família, o homem criado por Deus e que atende aos seus
desígnios se apresenta com maturidade, sobretudo com suas emoções. No trato com
a mulher e com os filhos não há abuso de poder, não há cobiça pela mulher
alheia, não há desejos pornográficos, há respeito pelos filhos, há desejo de
proteção da família. Este homem é maduro pois desenvolve mente, corpo e alma.
Ele se percebe
na perspectiva de 1 Timóteo 5: 8 diz: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus
e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente”. Tomando para si a responsabilidade de cuidar da sua família, não
por obrigação, mas por entendimento da ordenança de Deus pai.
Vale ressaltar
que não estamos falando apenas do cuidado físico ou do homem como provedor das
necessidades materiais, mas estamos falando das necessidades emocionais e
espirituais. Ele com sua esposa deve ser um porto seguro, um cais de
abastecimento e de segurança, uma fonte de amor sincero e verdadeiro.
O cuidado dele
com a esposa está para ressaltar sua beleza que vai além da forma física, mas está
nos talentos e habilidades que o pai lhe concedeu. Ele serve como as condições
necessárias de pressão e temperatura que irá fazer com que ela desabroche e
seja a mulher/mãe que Deus desenhou.
Em Provérbios 4.10-15 há o relato de um pai que protege seu filho, transmitindo sabedoria, ajudando-o a construir um caráter divino, e orientando-o a rejeitar as mentiras e tentações do mundo. Esta figura paterna protege não apenas o seu filho, mas as gerações futuras com a sabedoria que ele pratica e compartilha.
Com seus filhos ele é um tutor experiente e sábio, que treina os filhos e os prepara para enfrentar as adversidades da vida, que os ensina a discernir o bem e o mal dentro de uma cultura do seu tempo. Ele está preparado e atento ao crescimento dos filhos e se apresenta não como um super herói, mas como homem que está disposta a compartilhar sua vida com vitórias e insucessos. Os repreende com amor e está disposto a entregar sua vida por eles.
A masculinidade que se espera permeia a Liderança e o Serviço (o servir), pois um homem é chamado para ser um servo-líder – para assumir a responsabilidade por sua esposa e filhos e colocar suas necessidades à frente da sua própria.
Ao contrário do que nossa sociedade prega, o homem
é chamado a demonstrar o amor maduro, altruísta e sacrificial, é exatamente o
modelo de amor que vemos entre Deus e seus filhos.
Um homem maduro entende que o padrão de masculinidade
já foi dado pelo Senhor e ele não adota posturas e comportamentos infantis ou
que não representam um envolvimento adequado ao seu papel.
Miquéias 6.8 afirma que: “Ele te declarou, ó homem,
o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames
a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.”
O centro da vida de um homem deve ser o seu
relacionamento com Deus. O homem que caminha humildemente com o pai é motivado
e capacitado para intensificar e assumir as responsabilidades difíceis que aparecem.
Nesse aspecto, reconhecemos que as mulheres quando
mães e/ou esposas tratam os homens
como eternos meninos e as consequências são as mais
trágicas possíveis, uma delas é a imaturidade masculina e a falta de presença
do homem em vários ambientes.
A verdadeira masculinidade não está na exibição de
características supostamente machistas desprovidas de responsabilidades. A
palavra de DEUS orienta que um homem deve cumprir seu papel de marido e pai.
Existe uma expectativa deu que o homem exerça uma
maturidade e uma liderança espiritual. É certo que essa maturidade espiritual demanda
tempo para ser desenvolvida e há necessidade de um coração ansioso para ser
usado pelo Espírito Santo.
A liderança espiritual de um homem não é se
apresenta com autoritarismo, mas com autoridade legitimada, pois causa influência
espiritual, firme e confiável. Essa liderança está para a mulher e para os
filhos, mas primeiramente está a serviço de honrar a Deus.
Ela expressa humildade, misericórdia, piedade e instiga
na família um amor a Cristo, pois apresenta uma busca constante de seus
preceitos. A maturidade espiritual é uma marca da verdadeira masculinidade que
transforma uma sociedade a começa pela instituição original, a família. Um homem
espiritualmente imaturo é um marido e um pai que requer crescimento em todas as
esferas, é um homem que deve se sujeitar a Deus e ao seu poder.
Por Claudia Rodrigues
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