Em momentos de dor e de desespero as palavras fogem e quando
insistem em ser pronunciadas parece que não acham lugar. O que dizer para uma
mãe que perdeu seu filho, seja pelo fim da vida nesta terra, ou seja, pela vida
comprometida com o ato que o seu filho cometeu? Realmente, não há palavras que
cumpram esta missão.
Nós do Ministério Susana Wesley queremos oferecer nossa
compaixão a todas as mães que se encontram neste momento de dor e de perguntas
que saltam a mente. Por que meu filho morreu? Por que meu filho matou? Por que
isso aconteceu?
É difícil olhar a tristeza nos olhos e sorrir, como diz a
música 17 de Janeiro dos Arrais (dupla musical). Não foi dia 17 de janeiro, mas
foi dia 20 de outubro (Goiânia), mas foi 7 de abril (Realengo), mas foi 20 de
abril (Comlubine – EUA) e infelizmente, tantas outras datas.
Esperamos que da janela da vida essas famílias possam ver
novas estações chegando, pois esse inverno sombrio apesar de congelar a alma,
despedaçar o coração e fragmentar a mente, ele vai passar. Porque a vida é um
ciclo e “já já” chegará a primavera e as novas flores trarão cor e aromas
suaves que perfumarão a vida outra vez. Imaginamos que da estrada que estão agora, essas famílias,
pensem como seria retornar ao caminho. E se ele tivesse ficado em casa naquele
dia? E se ele tivesse dividido comigo suas angústias? E se... E se... Certamente, cada um voltaria e mudaria tudo, mas
infelizmente isso não é possível. O que é permitido é olhar para a estrada à frente (todos
nós) e procurar a esperança, mergulhar no amor que Jesus Cristo (o filho de
Deus) oferece, experimentar a paz que excede todo entendimento e o sustento
para a alma, que é a palavra de um Deus amoroso, porque Ele, o Senhor, continua
sendo amor.
Existe uma necessidade urgente para os nossos dias, que é
rever os nossos propósitos existenciais. Eu posso ser lugar de guarida para
aquele que sofre. Como? O primeiro passo
é não permitir que o ódio encontre lugar
nos nossos corações e crie mais sofrimento, por meio de julgamentos ou palavras
pesadas. Um dos significados da compaixão é “Participar da dor do
outro.” E começa com uma decisão: Sejam bondosos e
compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os
perdoou em Cristo. Efésios
4:32
Nossa oração é que os corações das famílias envolvidas em
tragédias como estas sejam confortados pelo Único que tem esse propósito, o
Espírito Santo de Deus (chame-o mesmo
sem conhecê-lo). Quanto a nós, que estejamos mais sensíveis à dor do outro
e que nossas palavras sejam manifestas por orações que tragam paz às vítimas (todas elas), pois estas palavras ao
contrário daquelas sem amor, sempre acharão lugar no coração de Deus e servirão
de bálsamo para dores que espedaçam não só a carne, mas a alma.
Belas Palavras meninas. Que muitas encontrem nestas palavras o consolo da Palavra. Deus as abençoe para que continuem sendo benção.
ResponderExcluirAmém!
ExcluirQueremos semear amor. Ser guarida ao coração sofrido. Mostrar que Deus se importa com a nossa dor.
ResponderExcluirEu de fato não consigo imaginar que dor seja essa, quando penso nela, meu coração aperta e dói. Minhas orações estarão sim direcionadas a essas mães. E que o Pai Celestial, conforte esses corações que hoje choram.
ResponderExcluirAo ler esse texto, me veio a cabeça a definição de filhos por José Saramago que diz: “Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente o da incerteza de agir corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.”
Ser pai e mãe é uma grande responsabilidade e uma benção muito maior! Por isso que somente o Deus de toda a consolação pode restaurar o coração de um pai e uma mãe de luto.
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